terça-feira, 20 de novembro de 2007

5º Congresso Mundial de Salsa

O 5º Congresso Mundial de Salsa que aconteceu de 14 á 17 de novembro no coração de São Paulo foi um sucesso! Salas cheias, ótimos professores ministrando aulas que empolgaram e encantaram os alunos. Neste ano, além da salsa, o Conexión Latina incluiu o tango, samba e zouk com workshops distribuidos no Clube Homs e na academia Runner. No Clube Homs as aulas de salsa foram bastante disputadas, os alunos tinham dificuldade para escolher a aula mais interessante, e assim que terminava, corria para a próxima, fazendo desses dias uma maratona intensiva de aprendizado de novos passos e novas amizades criadas. A professora de danças Rose Silveira, além de ter ministrado aula de zouk dentro do evento participou também dos três dias de workshops de salsa e as noites bailes. "Os workshops foram de altíssimo nível e ótima metodologia e os professores franceses foram os melhores na minha opinião" disse Rose, e completou que todos foram bastante simpáticos e humildes, o que transpareceu no pós-aula. Ela destacou como fundamental a presença do professor Alex Lima, brasileiro muito reconhecido no exterior, especialmente na França que influênciou na confirmação de vários professores franceses no Congresso.
O único probleminha da organização foi a disposição e visualização dos horários das aulas que estavam apenas na entrada do clube e com letras pequenas e não havia flyer ou panfletos para ter em mãos. As pessoas usaram o Jornal Dance para conferir melhor a programação de aulas.
As três noites de bailes sempre cheios contaram sempre com apresentações primorosas de salsa, na sexta-feira com quatro lindas apresentações de zouk que empolgaram a platéia zoukeira. E nesta noite foi a única com banda ao vivo, a banda de zouk Zoukaliente.
O espaço sedido pela academia Runner para os workshops de samba e zouk foi essencial para essa parte do evento dar certo e a organização no geral estava ótima.
Tanto alunos, como professores e organizadores ficaram satisfeitos e felizes com o resultado final do evento. A coordenadora de tango, Alcione Barros disse ter ficado lisonjeada pelo convite para organizar e coordenar o tango no Congresso, pela visibilidade e oportunidade que os jovens podem ter para conhecer esse ritmo "o tango é muito sensual e complexo, e os jovens precisam conhecer esse ritmo" disse Alcione. Já Inácio Loiola, mais conhecido como Moskito ficou muito satisfeito com a organização do evento e o espaço sedido pela academia Runner, os professores que ele convidou ficaram muito felizes com o convite e os alunos com as aulas " os professores já me pediram para eu chamá-los para o próximo [Congresso]" me contou Moskito. Philip Miha, organizador do zouk, disse que está com a sensação de missão cumprida, pois há três anos tinha a intensão de fazer um Congresso em São Paulo e este superou suas expectativas " que é de engrandecer o congresso mundial de salsa, fazendo um congresso dentro do congresso" disse Philip. E concluiu dizendo que este foi o maior congresso de zouk já realizado no país, com três dias de workshops, bailes, apresentações, hospedagem, brindes e prêmios.
Pessoas de outros estados vieram especialmente para o Congresso, este foi o caso de Daniel F. Mouras, 24 anos que veio de Fortaleza para os três dias de workshops de samba, salsa e zouk, além de aproveitar também as noites de bailes "ano que vem venho de novo" disse Daniel.
Encontrei até um holandês, Benoit Schaaf que está á trabalho no Brasil e conheceu o zouk após uma pesquisa na internet e foi no Carioca Club que ele ficou sabendo do Congresso, "achei ótimo fazer três dias intensivo de aulas ao invés de três meses" disse Benoit, que agora se apaixonou pelo ritmo.

De acordo com os organizadores, o número de pessoas aumentou comparado ao ano passado e não houve nenhum imprevisto ou problema, tudo correu da forma planejada e literalmente, na maior alegria!

sábado, 17 de novembro de 2007

Congresso de Zouk


Bom, quero deixar claro que meu objetivo é ficar de olho na parte zouk do evento e o conteúdo deste blog não será o mesmo do que será publicado no Jornal Dance.

Acompanhei a expectativa do evento desde o dia 01/11, quando fui assistir as apresentações no Carioca Club e confesso que não me empolguei muito...
A coreografia apresentada pela Cia Philip Miha é bonita, com uma música brasileira (da Wanessa Camargo), bem elaborada, mas sem muita criatividade, grandes pegadas ou passos novos, que os zoukeiros não tenham visto ainda. Outro detalhe que me incomodou foi o figurino, neste dia não era dos mais bonitos, e as damas dançaram de sapatilha e sem uma atenção especial á maquiagem. Falo isso por ver que todos os outros estilos de dança as mulheres sempre dançam bem produzidas e de salto, o que dá um ar muito mais feminino e elegante á dança apresentada.
Na sequência teve apresentações de tango com gafieira da Cia Celso Gazú e por último de salsa, com o Clube Latino, e esse dois mostraram como se faz uma verdadeira apresentação, com coreografias criativas, bem elaboras, com "pegadas" de tirar o fôlego e animar o público, além da apresentação visual (cabelo e figurino) impecável.

A Cia Philip Miha tem força, reconhecimento e respeitabilidade em todo Brasil, consegue mobilizar todos os apreciadores do zouk, são bons desde a divulgação, organização de festas, até a escolha dos dançarinos que integram a equipe, por isso, o congresso com certeza será um sucesso.

Quarta-feira, 14/11, o Buena Vista abriu as portas para receber os professores, congressistas e quem mais quisesse fazer parte da festa e "abrir" o congresso. O que vi foi muita animação e integração entre todos, com as conhecidas "rodas" para um pouquinho de exibição (no bom sentido) e a apresentação dos professores Sidney e Vanessa, com uma música com abertura de capoeira e mostrarm um zouk limpo, de raíz, e outra, claro, da Cia Philip Miha com a mesma coreografia apresentada no Carioca Club.

Quinta-feira, 15/11 Começou o congresso de verdade com os workshops, e o pessoal conseguiu acordar cedo para lotar as 3 salas da Runner. Todos animados e empolgados com aulas e mesmo com o ar-condicionado ruim de uma das salas o pessoal não perdeu o bom humor!

Tivemos a surpresa da presença da Tv Band, que fez um link ao vivo para o Jornal São Paulo Acontece e na correira a assessora do evento e eu reuninos uma pequena turma do zouk e da salsa para dançar no Homs que naquela hora estava acontecendo os worshops de tango e não estava lá muito cheio e animado...
Mas conseguimos casais suficientes para ajudar no "cenário" da matéria e deu tudo certo.
A noite "pegou fogo" no Carioca Club, com apresentações com Rodrigo Delano (BH) com duas dançarinas e Philip Miha com Sheila Melo. Além da apresentação no palco dos professores participantes do Congresso.


Sexta-feira, 16/11 A animação e salas cheias permaneceram durante todo o dia. A melhor parte, com certeza foi a noite, com as espetaculares apresentações que quem estava lá teve o prazer de assistir (altíssimo nível!).

Foram quatro apresentações, sendo duas de casais (quase balé, perfeitas) e as outras duas de grupo, uma melhor que a outra, todas muito bem elaboradas, criativas e com pegadas fortes que levantaram o público.
Da esquerda para direita: Um dos melhores momentos da apresentação da Cia Philip Miha.
A direita: "Grand Finale" do espetáculo do grupo do professor Israel (DF).
Apresentações que agitaram e fizeram o público vibrar!


Da esquerda para direita: Alex Carvalho e Renata Peçanha (RJ).
A direita: Luís Florião e Adriana D´Acri (RJ).
Espetáculos!
Coreografias lindas, que encantou á todos.



O baile no Club Homs nesta noite estava lotado, mesmo quem não participou dos workshops compareceu para prestigiar o evento que contou com o rodízio dos melhores dj´s de zouk do Brasil e o show da banda Zoukaliente.


Banda Zoukaliente. Até criança entrou no zouk!




Congresso Zouk 2007 Israel, Patica e Cia - Club Homes




Congresso de Zouk - 2007 - Cia de Dança Philip Miha / Torre de BabelL


Sábado, 17/11 nesse último dia de evento todos os alunos continuavam dispostos a terminar a "maratona" de workshops e tiveram sorte, já que as aulas começaram após ás 14hrs. A integração e o espaço sedido pela academia Runner, somada á qualidade da organização e escolha dos professores garantiram o sucesso do evento. Não houve quem reclamasse, pelo contrário, todos adoraram e já aguardam o próximo congresso.

Uma das aulas ministradas por Philip Miha. Sala lotada.

Philip Miha, organizador da parte zouk do evento, definiu a experiência deste congresso como "missão cumprida" e disse muito feliz e satisfeito pelo resultado positivo. No final do dia agradeceu pessoalmente aos alunos e reuniu o máximo possível de pessoas lá presente para a grande foto (abaixo).


Foto geral após a última aula do Congresso.

Termino dizendo apenas: QUEM NÃO FOI PERDEUUUUUU!!!


Até a proxima!

Obs.: Peço desculpas pela qualidade baixa de algumas fotos.

domingo, 28 de outubro de 2007

Zouk!

Por Luis Florião - pesquisador, professor e idealizador do Movimento Lambada Brasil.


Para Quem Gosta de Lambada e Zouk

Muitos acreditam que a lambada - música e dança - sejam produtos culturais do Caribe. Também há aqueles que acreditam que lambada e zouk sejam nomes diferentes para o mesmo ritmo e dança, mas nada disso é verdadeiro. Para entender como surgiu a lambada e desfazer essa confusão é preciso saber um pouco mais, separando danças e músicas nesse caldeirão de ritmos.

Os Caribes e a Lambada
Em vez de Caribe, o mais correto seria a região chamar-se "Os Caribes", considerando que as ilhas foram dominadas por diversos povos europeus, dando características muito diferentes a cada uma delas. Os Caribes seriam quatro: o espanhol, o francês, o inglês e o holandês.
Todos têm em suas culturas, em maior ou menor grau, influência dos nativos, dos colonizadores e dos africanos.
Na música, isso representou uma enorme diversidade, mas com um detalhe: quase todos os países utilizam principalmente os instrumentos de cordas que vieram da Europa e a percussão africana (basicamente do povo Yorubá).

A Música Zouk
A música caribenha, que é também ingrediente de diversos ritmos brasileiros, sempre exerceu grande influência no norte do Brasil, em especial no Maranhão.
O zouk é uma dessas músicas. Forte onde ocorreu colonização francesa como a Martinica e Guadalupe, é cantado normalmente em creòle, uma mistura do francês com línguas africanas. Estudiosos acreditam que a sua base rítmica seja oriunda da cultura árabe. Esta mesma base é encontrada também em vários países como Espanha e Portugal, no continente africano e em praticamente toda a América.
Uma das versões sobre o surgimento da música zouk afirma que ela foi criada para divulgar a Martinica e ter, a exemplo de Cuba, influência cultural na América Latina. O resultado foi apenas parcial: conseguiram que o ritmo se espalhasse pelo mundo, mas como isso ocorreu a partir da França, em diversos lugares, inclusive no Brasil, muitos passaram a acreditar que a música seria francesa.

A Dança Zouk
O zouk - que significa festa - é uma dança muito parecida com o merengue, praticada no Caribe, principalmente nas ilhas de Guadalupe e Martinica.
É dançado trocando o peso basicamente nas cabeças dos tempos musicais e sua coreografia é pouco elaborada.

A Música Lambada
Surgida no Pará, a música lambada tem base no carimbó e na guitarrada, influenciada por vários ritmos como a cúmbia, o merengue e o zouk.
Diversos relatos de paraenses contam que uma emissora local chamava de "lambadas" as músicas mais vibrantes. O uso transformou o adjetivo em nome próprio, batizando o ritmo cuja paternidade pode ser creditada ao músico Pinduca.
O novo nome e a mistura do carimbó com a música metálica e eletrônica do Caribe caiu no gosto popular.
O grande sucesso, no entanto, aconteceu após a entrada de empresários franceses no negócio, que de uma só vez compraram os direitos autorais de centenas de músicas. Com uma gigantesca estrutura de marketing e bons músicos, o grupo Kaoma lançou com êxito a lambada na Europa e outros continentes. Adaptada ao ritmo, a música boliviana "Chorando se foi" tornou-se o carro chefe da novidade pelo mundo.
Seguiu-se um período intenso de composições e gravações de lambadas tanto no mercado interno quanto externo. Dezenas de grupos e diversos cantores pegaram carona no sucesso do ritmo, incrementando suas carreiras, como foi o caso de Sidney Magal, Sandy e Jr, Fafá de Belém e o grupo Balão Mágico. É uma história recorrente, onde apenas mudam os personagens: a valorização do produto brasileiro se dá somente após a vitória no exterior.
Depois dessa fase de superexposição, como acontece com quase todas as boas novas de ontem, deu-se um natural desgaste com a conseqüente queda nas vendas até o cessar da produção.

A Dança Carimbó
Antes de falar sobre a dança lambada lembramos uma de suas raízes: o carimbó. Dança indígena, pertencente ao folclore amazônico vem sendo dançado por lá há séculos. Ascendente direto da lambada é, na forma tradicional, acompanhado por tambores de tronco de árvores afinados a fogo, tendo como principais características: movimentos onde a mulher tenta cobrir o homem com a saia, muitos giros e rotações de cabeça.

A Dança Lambada
A dança lambada teve sua origem no norte do Brasil, a partir de uma mistura da dança carimbó com danças nordestinas e ainda algumas figuras do maxixe como o balão apagado. Em sua primeira fase chegou até o Nordeste, mas, sem fincar raízes. Nesse período a lambada tinha como principal característica os casais bem próximos.
Em seguida, ela chega a Porto Seguro e se desenvolve. Como referências cito as casas Lambada Boca da Barra em Porto e o Jatobar em Arraial D'Ajuda - onde desde o início também as Rumbas Flamencas (então chamadas de lambadas espanholas) e os zouks (então chamados de lambadas francesas) serviram para embalar os lambadeiros.
No fim da década de 80 veio o sucesso mundial que aconteceu graças à grande promoção feita pelo Kaoma, que contava com dançarinos brasileiros em seus shows. No exterior e aqui, a lambada (dança e música) tornou-se um fenômeno de vendas e em pouco tempo passou a marcar presença em novelas (ex. abertura da Rainha da Sucata da rede Globo de 1990), filmes e praticamente todos os programas de auditório - É a hora dos grandes concursos, shows etc. A necessidade do espetáculo faz com que os dançarinos criem coreografias cada vez mais ousadas, com muitos giros e acrobacias.
A aparição do novo estilo, a lambada carioca
Depois de vários anos nos topos das paradas de sucesso pelo mundo, a música lambada entrou em crise e parou de ser gravada. Os Djs das boates aproveitaram então para simular o enterro do estilo musical.
A dança perdeu destaque, mas sobreviveu, pois já haviam sido feitas nas lambaterias muitas experiências com variados estilos de música que tivessem a batida (base de marcação) que permitisse dançar lambada, só para citar um exemplo, a banda de rumba flamenca Gipsy Kings teve vendagem significativa no Brasil por conta da dança. Então as músicas francesas, espanholas, árabes, estadunidenses, africanas, caribenhas etc. garantiram a continuidade do estilo de dança. De todas as músicas, o zouk foi a que melhor se encaixou, tornando-se, a preferida para se dançar a lambada.
O fato de se passar a dançar em músicas com um andamento mais lento, com mais tempo e pausas que praticamente não existiam na música lambada, permitiu explorar ao máximo a sensualidade, plasticidade e beleza da nossa criação. Os movimentos ficaram mais suaves e fluidos, modificando-se à medida que a dança foi incorporando e trocando com outras modalidades, a relação interpessoal voltou a ganhar valor e as acrobacias ficaram praticamente exclusivas para os palcos. Contribuíram ainda diversas pesquisas, até fora da dança de salão, como por exemplo, as de contato e improvisação.
A casa noturna Ilha dos Pescadores (Barra da Tijuca – Rio de Janeiro), comandada por Tio Pio e norteada pelo lema: enquanto um lambadeiro existir, a lambada jamais morrerá, manteve por quase todo o tempo que a lambada esteve fora da moda os domingos direcionados para essa dança, e é nesse ambiente de resistência que se consolida a transição da lambada de Porto Seguro para a lambada carioca.
Hoje, no início do séc XXI, temos o estilo de Porto Seguro (geralmente chamado de lambada) que preferencialmente usa as músicas mais rápidas (lambadas, zouks, músicas árabes...), muita energia, giros múltiplos da dama, muita oscilação dos ombros e dando a ênfase do movimento nos tempos pares da música*1 ou intercalando nos pares e ímpares e o estilo carioca (chamado muitas vezes de lambazouk, lambada zouk, zouk, zouk love, zouk brasileiro, zouk carioca e outros muitos nomes) que normalmente usa músicas lentas como o zouk love e a kizomba (love), é mais sensual, com muitas espirais, torções de tronco, contato e tem a ênfase do movimento nos tempos ímpares*1. Constato ainda grande mistura entre os dois estilos e alguns subestilos.

Reconhecimento
A cada dia, mais brasileiros e estrangeiros dão o devido reconhecimento e valor à nossa cultura. A dança lambada vem se mostrando um grande incremento profissional, no biênio 2006/2007 registramos cerca de dez diferentes eventos pelo mundo, que têm essa dança como destaque - concursos, encontros, palestras*2 e congressos como o Br Danças no Rio de Janeiro, o de Barcelona, o de Brasília e o de Porto Seguro.
Encontramos bailes especializados e professores em diversos estados e nos mais variados pontos do planeta e ainda que chamem equivocadamente a dança lambada de zouk, muitos viveram e vivem dela. Interessante também citar que muitos professores vêm se reunindo para criar formas de divulgações em comum.
De toda essa história ficaram ótimos frutos, por exemplo: uma boa parte dos talentos da dança de salão de hoje, surgiu a partir da lambada; a apresentação da dança a dois aos mais jovens; a visibilidade internacional conquistada - a lambada é a nossa dança de par mais conhecida no exterior (mais até que o samba) e principalmente o resgate do direito, perdido a décadas, de dançar abraçado.

http://www.dancecom.com.br/




*Observação, por Liana Carolzinha

Para complementar:

Kizomba
A Kizomba é um ritmo Africano com origem em Angola nos anos 80, teve grande desenvolvimento em Cabo-Verde onde, a maioria das Kizombas cantadas em crioulo (uma mistura do francês com línguas africanas), conhecidas por "Passada". É a fusão entre o semba e o zouk.

Mais informações:

http://falandodedanca.blogspot.com/2007/04/zouk-dana-msica-e-o-campeonato-onda.html

sábado, 27 de outubro de 2007

Dança: paixão em movimento...

Por Liana Carolina


Quem dança se apaixona e não quer mais parar!
Os motivos são vários, que vão desde a alegria e prazer que a dança proporciona, até a mudança de vida, passando pelo ganho de novas amizades, qualidade e estilo de vida, auto-estima, diversão, trabalho... enfim, são inúmeros os motivos e benefícios.
E melhor ainda, a dança contagia! Prova disso, é o número de escolas de dança que aumentam a cada dia no país. As escolas que já existem estão cheias, os profissionais da área são cada vez mais reconhecidos, casas de dança lotam sem parar...
A mídia tem ajudado a influenciar esse crescimento com o interesse à dança, com a "Dança dos Famosos" do programa do Faustão na rede Globo, por exemplo. Quando pessoas comuns vêem na televisão um artista que nunca dançou antes dando show no palco, além dos depoimentos positivos que eles passam, pensa: "por que eu também não posso?" Aí, corre até uma escola de dança.
E quando percebe, está no mundinho da dança, convivendo com pessoas que dançam, falando quase que só de dança, de música, onde sair para dançar... isto é, respirando dança!
Outro motivo que faz as pessoas quererem dançar é o gasto calórico, isto é, a preocupação com o corpo, já que dançar queima muitas calorias e de uma forma muito mais prazerosa do que correr numa esteira na academia de ginástica. Além da liberação de endorfina, substância produzida pelo cérebro durante as atividades físicas que causa a sensação de bem estar e alívio do stress. É até recomendado em casos de depressão leve.
Pessoas que dançam são com certeza mais felizes, alegres, de bem com a vida e cheia de amigos! Isso quando não arrumam até casamento, o que é muito comum.
Nós brasileiros somos, digamos, abençoados, pois somos conhecidos mundo afora como um país cheio de ritmos, de ginga, como muitos dizem. A variedade de estilos musicais, a alegria, criatividade e a facilidade que nós temos para "requebrar" é muito especial e felizmente sabemos tirar proveito disto!
É bonito ver que em cada região do país há um ritmo específico, a dança tem forte impacto na cultura brasileira, vai além dos internacionalmente conhecidos samba e frevo, também vai além do forró, axé, funk, maracatu, lambada, calipso... sempre surgem novos estilos. Isso sem falar no toque especial que damos ao ritmos internacionais, que se torna como um sotaque aos olhos estrangeiros. Cito como exemplo a salsa que se dança aqui no Brasil, que tem uma batida, ou mixagem toda especial e com o zouk, que a gente dança qualquer música que tenha as três batidas. Duvido que em outros países aconteça o mesmo.

Espero que ao ler este pequeno texto você tenha se identificado com alguns dos motivos que expus, ou tenha pensado em outros, ou no seu de coração, pois para cada um a dança tem uma representação ou importância, por isso, não importa o ritmo, não importa onde, como... o que importa é dançar e não ficar parado hein!
Beijos, beijos.